Suspeito de executar adolescente na Bahia é policial militar; vídeo mostra crime
Crime ocorreu no bairro de Ondina, em Salvador, e jovem de 19 anos também foi baleado. Polícia Civil pediu prisão preventiva do PM. Adolescente de 17 anos é...
Crime ocorreu no bairro de Ondina, em Salvador, e jovem de 19 anos também foi baleado. Polícia Civil pediu prisão preventiva do PM. Adolescente de 17 anos é morto em Salvador O policial militar Marlon da Silva Oliveira é investigado por suspeita de executar um adolescente de 17 anos na madrugada de domingo (1°) em Salvador. A ação foi gravada por celular por uma testemunha. Veja no vídeo acima. (CORREÇÃO: o g1 errou ao informar que a Justiça negou o pedido de prisão do policial suspeito do crime. A Justiça decidiu que o pedido não tinha urgência para ser analisado no plantão judiciário. A informação foi corrigida às 16h40.) Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a PM instaurou um processo administrativo disciplinar, enquanto a Polícia Civil abriu inquérito para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime. A instituição pediu a prisão preventiva do suspeito, mas a Justiça não analisou a solicitação no plantão judiciário por entender que não havia urgência. Com isso, o PM foi liberado após prestar depoimento na delegacia, na noite de segunda-feira (2). [Veja detalhes abaixo] O crime aconteceu no bairro de Ondina e foi filmado por uma pessoa. O vídeo mostra o momento em que o adolescente Gabriel Santos Costa e o jovem de 19 anos, que não teve nome divulgado, foram rendidos pelo policial. Na filmagem é possível ouvir que o suspeito xingou e agrediu as vítimas. Depois, mandou que os rapazes colocassem o rosto no asfalto e as mãos na cabeça. Eles obedeceram às ordens do suspeito, que fez uma espécie de revista. Mesmo rendidos, os dois foram baleados. Cerca de 12 tiros foram disparados pelo suspeito. Após balear a dupla, o homem entrou no carro branco que aparece no vídeo e deixou o local. O adolescente morreu na hora. Já o jovem de 19 anos foi socorrido para um hospital da capital baiana. O estado de saúde dele não foi divulgado. Homem rendeu as vítimas no bairro de Ondina, em Salvador Redes sociais Suspeito alega legítima defesa Marlon, que atua na 9ª Companhia Independente da Polícia Militar, no bairro da Boca do Rio, não estava fardado, nem usava o carro da corporação. Ele alegou legítima defesa em depoimento à Polícia Civil e afirmou que os jovens tentaram assaltá-lo. O mesmo argumento foi apresentado pela namorada do policial, que não teve nome divulgado. A mulher é uma das oito testemunhas que já foram ouvidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil, no entanto, não aceitou a justificativa e ingressou com o pedido de prisão preventiva. Procurado, o advogado Otto Lopes, que defende o casal, disse que não vai se manifestar até que as investigações sejam concluídas. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, que deverá ser analisado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O órgão acompanha o caso. LEIA TAMBÉM: Vídeos mostram momento em que funcionário da Embasa foi baleado por PMs; imagens e depoimentos contestam versão da polícia Homem suspeito de fazer companheira e filho reféns dentro de motel morre após confronto com policiais militares na Bahia Família pede justiça Adolescente de 17 anos é morto a tiros e jovem fica ferido após serem rendidos na Bahia O corpo de Gabriel foi sepultado na tarde de segunda-feira (2), sob comoção e pedidos de justiça. A defesa da família de Gabriel pede a quebra de sigilo do celular do suspeito. O pai dele, que preferiu não se identificar por medo, disse, em entrevista à TV Bahia, que o filho não era envolvido com a criminalidade. Ele contou que, dias antes de morrer, o adolescente foi apreendido por ter xingado um policial militar e foi acusado de desacato. No entanto, foi liberado logo em seguida. "Podia ser o pior vagabundo rendido ali, ele não podia matar um ser humano. Era um menino bom. Não puxava bonde nenhum, graças a Deus. O policial o xingou, ele também xingou o policial e foi preso. Aí eu fui lá, liberou ele lá na Dercca, mas não teve nada demais", relatou o pai da vítima. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻